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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 5 de junho de 2012


     
       TUA AUSÊNCIA
               05/06/2012

Sentires, apenas os sentidos ausentes,
Que o meu dormente corpo derrama,
Vertendo o néctar sagrado que sentes,
E que o teu cálice doce e quente chama.
Pétalas deixadas e esquecidas pela frente,
No caminho do sonho por mim imaginado,
Com pausas e delírios da tua vertente,
Que deixou de jorrar o teu mel abençoado.
És o desafio constante do meu anoitecer,
Com aromas de carícias do teu sopro quente,
Na boa luz do tempo que me faz adormecer,
E sonhar com a beleza da tua doce semente.
Lágrimas vazias recordam a tua ausência,
Sentida na incógnita da tua leve presença,
Que nos meus lençóis deixastes a essência,
Do odor do teu corpo, como uma sentença.
Neste meu sonho, sou a eterna esperança,
De um sexto sentido vertido e por mim inalado,
Que me faz flutuar e pelo estrelado céu avança,
Rumo a um futuro que se pretende inacabado.
Tua língua secreta, percorre o meu desejo,
Irrequieta e sedenta, em pequena e suave pausa,
Saboreada com o teu doce e humedecido beijo,
Que no meu sonhar, não vejo a tua triste recusa.
Tua ausência, estranha aos sentidos do amor,
Tua fuga delirante ao sentir dos meus sentidos,
Formaram umas negras nuvens que causam dor,
Fazendo sangrar este coração por ti empedernido.
Na arte de amar, mostras a tua nítida intolerância,
Sem lágrimas, nem compaixões na tua tristeza,
Exigindo a eterna luz do prazer na abundância,
Dos corpos flexíveis na incessante firmeza.
Esperar-te-ei eternamente no prazer da sedução,
Em sonhos dos meus sentidos vividos na ilusão,
Que do teu olhar sinto todo o desejo florescer,
Nas tristes noites deste meu eterno adormecer.

Carlos Cebolo

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