IGNORÂNCIA
12/06/2012
Vejo em sonhos constantes, a beleza dela.
Viajo pela savana, matas, serras e mar,
Acompanho o frenético salto da gazela,
Na ânsia de um dia, a poder voltar abraçar.
Nos meus sonhos, recordo todo o passado,
Tempos vividos na juventude agora ausente,
Lembrados pelo desgaste no corpo acumulado,
Que o angolano, fora da sua bela terra sente.
Com a idade marcada na alma e no corpo,
Procuramos alento nas notícias enviadas,
Que apenas nos provocam lágrimas no rosto.
Sonhamos em ser o senhor! Dono do tempo;
Com imagens das memórias ensaiadas,
Com a nossa alma, a voar nas asas do vento.
Perdemos a oportunidade que tivemos!
Sei que de Angola, continuamos a gostar!
Mas já não sei, se na verdade, a merecemos.
Tempos por nós, lá vividos na ignorância,
Sem conhecer e apoiar a verdadeira causa,
Fizeram-nos colher o fruto da inocência.
Choramos agora, a nossa terrível situação,
Criada sem olharem aos nossos sentimentos,
Que nos fizeram perdedores de toda a razão,
Quando não apoiamos, os nossos movimentos.
Liberdade se pedia então, para Angola ocupada,
Cujos filhos, brancos e negros eram inferiores;
E até a própria moeda criada, não valia nada,
Comparada com a moeda dos seus senhores.
Carlos Cebolo
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