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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 28 de junho de 2012



NAQUELA MINHA TERRA FORMOSA
          28/06/2012


Naquela minha terra formosa,
Vivi a juventude, dia a dia,
Mais formosa ainda seria,
Se ainda fosse mais frondosa.
Mantendo-se sempre airosa,
Com todos os filhos na mente,
Colhendo a sua boa semente.

Minha Angola que ruiu,
Erguendo-se sem ter lei,
Tudo isto eu perdoei,
Da maneira que surgiu.
O sonho que se cumpriu,
O que todo o povo consente,
Um futuro que não mente.

Tudo o mais se consentiria,
Se o povo pudesse merecer,
Tudo o que se puder fazer,
P’ra voltar a ser grande um dia,
Destino que a terra merecia.
Como eu ficaria contente,
Se tudo pudesse ser diferente.

Minha terra tão negra e bela,
Com grande riqueza no interior,
Aos pobre filhos provoca a dor,
Com uma tristeza que é só dela,
Anda à deriva, como barco à vela.
O triste choro que o povo sente,
A realidade da vida que não mente.

Grande riqueza, mal distribuída,
Futuro que ao povo se promete,
O governante no bolso mete.
Grande fortuna assim adquirida,
Com riqueza mal distribuída,
É fruto do povo e semente,
História passada, que não mente.

Angola que me faz chorar e rir,
E tudo o que por lá aconteceu,
Lembra o amigo que morreu,
O futuro que não se fez cumprir,
No triste mundo que o fez ruir.
São lembranças da minha mente,
De quem viveu e foi semente.

Má memória atribulada,
Da história sem mentir,
Promessa por se cumprir,
Denúncia de gente malvada,
Sem provas, tudo é nada.
Vence quem mais mente,
Na dor que o povo sente.

Carlos Cebolo





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