AO CAIR DA NOITE
Ao cair da noite,
Tudo é vão e escuro,
Aparece o silêncio que atordoa
E as coisas se transformam.
Seria a hora do recolher,
Aquém deste poente
Que divide este mundo
E para lá do poente existe,
Outra vida que se consente.
Tudo se transforma em solidão,
O pensamento entra em delírio
Voando ao teu encontro
E o sonho comanda a ilusão,
Abafando o ruído da noite.
Ao cair da noite,
Tudo é pardo!…
Sem cor,
Sem luz,
Sem definição.
É a hora onde tudo parece terminar,
Mas o amor ganha força
E nos obstáculos se altera,
Encarando a noite com bravura.
O amor não teme o tempo,
Em tudo procura a mocidade
Que alcança com prazer,
Na calmaria do
momento,
Para alcançar a eternidade.
A noite!...
A noite deixa de ser noite
Com o nascer de um outro dia.
Carlos Cebolo
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