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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020



GRITO DE LIBERDADE

Às vezes olho para ti e penso:
-Será minha quando ela quiser!
Todas as coisas são possíveis
E o teu querer, encontra-se nelas.
No teu olhar vejo ansiedade
E na verdade revelada dos sentidos,
Imagino teu corpo junto ao meu
E o sabor adocicado do teu beijar.

Nos instantes insaciáveis do tempo,
Num tempo que se esfuma,
Serei teu se for essa a vontade,
Na conjugação dos astros dominantes.

Aquela praia deserta será nossa.
A nossa praia do prazer imaginado
E todos os segredos ficam guardados
Na memória que ficará presa ao tempo.

Gastas ficaram as palavras,
Palavras apenas fixas na memória,
Nunca pensadas,
Nunca ditas,
Apenas lembradas naquela imaginação
Que nos tira o sono e que nos perturba a mente.

E assim se revela a conjuntura,
Na aventura que se quer, mas não se vive.

A verdade amor!
É que te amo, mas não sei como o dizer,
Sem ter nada para te oferecer.
No tempo e espaço dos segredos,
Tudo pode acontecer,
Mas na realidade amor!
Só na imaginação nos podemos querer.

No silêncio do coração,
Murmuro o teu nome e estremeço.
Estremeço não de medo ou receio,
Mas daquela enorme vontade de te beijar
E contigo, apenas um pouco ficar.

No meu peito, pesa-me a moralidade
E sem nada te poder dar,
Deixo o tempo passar
Alimentando a ânsia contida que me reprime.
E no silêncio!...
Oiço aquele grito de liberdade.

Carlos Cebolo


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