SECRETAMENTE
Secretamente digo-te que te amo,
Mulher incerta deste meu sonhar,
Com todo este meu triste desengano,
Serei teu neste meu querer e pensar.
Assim queiras tu, minha bela donzela,
Se por mim sentires tamanho desejo,
Põe ao peito aquela rosa amarela
E guarda no teu sorriso o meu beijo.
O suave aroma que teu corpo encerra,
Que ao longe adoro neste meu sentir,
Como feitiço que ascendeu da terra
E que me perturba com o seu sorrir.
No claustro sequestrado fica o sonho
Que não se faz ouvir nem dá sinal,
Por entre os escombros de um medo medonho,
Fica o silêncio da agressão real.
Secretamente pensa na mudança,
Lembra todas as horas transviadas,
Num viver que perdeu a confiança,
Entre dias, sem haver madrugadas.
Carlos Cebolo
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