PRELÚDIO
Através do quadro que me apresentas,
Olho o arco-íris que pinta o céu
E imagino a nudez do campo celeste,
Nessa moldura do corpo que é teu.
Na imaginação fértil dos meus sentidos,
Desvio do teu corpo a coberta amarrotada,
Libertando a frescura que há em ti
E esse sentir do desejo amordaçado.
A tua constante presença no meu sonho,
Alongam as extensas horas de uma noite,
Na angustia de te querer e não ter,
No desejo de partilha do mesmo leito.
E assim vou levando esta tristeza,
Guardando no fundo da memória a tua imagem,
Esperando o momento certo e a hora chegar,
Para beijar a tua nudez e teu corpo de nuvem.
Carlos Cebolo
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